domingo, 7 de novembro de 2010

HPV

OQUE É SINTOMAS, DIANÓSTICO E PREVEÇÃO À HPV.




O que é ?

- O HPV (sigla em inglês para Human Papiloma Virus) é uma família de vírus com mais de 80 tipos. Vive na pele e nas mucosas genitais tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. Trata-se de uma infecção adquirida através de contato sexual.
- Nos genitais, existem duas formas de manifestação clínica: as verrugas genitais que aparecem na vagina, pênis e anus; e outra forma, que é microscópica, que aparece no pênis, vagina e colo de útero. Na vulva, ele causa a doença chamada condiloma genital.

- Enquanto alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, outros infectam a região genital, podendo ocasionar lesões que, se não tratadas, se transformam em câncer de colo do útero. Geralmente, esta infecção não resulta em câncer. Mas é comprovado que 99% das mulheres que têm câncer do colo uterino, foram antes infectadas por este vírus. No Brasil, cerca de 7 mil mulheres morrem anualmente por esse tipo de tumor.

Sintomas e diagnóstico

- Na maioria das vezes, a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. O vírus pode ficar instalado no corpo por muito tempo sem se manifestar, apesar de poder ser transmitido. Pode entrar em ação em determinadas situações como na gravidez ou numa fase de estresse, quando a defesa do organismo fica abalada.

- A mulher tanto pode sentir uma leve coceira, ter dor durante a relação sexual ou notar um
corrimento. O mais comum é ela não perceber qualquer alteração em seu corpo.

- O diagnóstico de suspeita do HPV é feito através dos exames de Papanicolaou ou a
colposcopia e o diagnóstico de certeza é feito através de biópsia da área suspeita. Existem também exames que identificam o tipo do vírus e se os mesmos são cancerígenos.

Tratamento
- Uma vez detectado, e se está causando lesão específica, as células do local infectado pelo HPV, devem ser submetidas a destruição química ou física. O procedimento deve sempre ser indicado e realizado por médico especialista.

- Em seus estágios iniciais, as doenças causadas pelo HPV podem ser tratadas com sucesso em cerca de 90% dos casos, impedindo que a paciente tenha maiores complicações no futuro.

- O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Deve ser feito o acompanhamento sistemático.

- A melhor arma contra o HPV é a prevenção e se fazer o diagnóstico o quanto antes.


Prevenção

- Manter cuidados higiênicos
- Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros
- Usar preservativos em todas as relações sexuais
- Visitar regularmente seu ginecologista para fazer todos os exames de prevenção
- É importante que o parceiro também procure um médico para verificar se ele está com o vírus.

Medidas simples que evitam o Corrimento Vaginal.

Os corrimentos vaginais são apontados como um dos problemas mais frequentes entre as mulheres. Fatores múltiplos predispõem essa alteração, principalmente o uso de roupas apertadas e tecidos sintéticos.
A recomendação unânime é usar roupas que não comprimam a região genital. As calças não precisam ser abolidas, mas os tecidos devem ser leves, mais apropriados para a temperatura de cada região.

Na calcinha, uma secreção atípica. A mulher sente coceira intensa, que pode ser acompanhada de irritação na área genital e
dor durante o sexo. Os sintomas são de um problema que lidera as queixas nos consultórios ginecológicos: os corrimentos vaginais. De acordo com o ginecologista Edson Lucena, a candidíase
, também conhecida como monilha, é um dos problemas mais comuns que poderia, na maior parte dos casos, ser evitado com a adoção de medidas simples.

Há outras causas que podem predispor a mulher ao problema, como gestação, ingestão exagerada de condimentos, diabetes e até uso de
pílulas anticoncepcionais, que alteram os níveis de acidez da vagina. Mas são as roupas justas, de tecidos sintéticos, apontadas como principais vilãs. A chefe do Departamento de Saúde Materna Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Sílvia Bonfim, explica que a vagina é úmida e tem uma flora bacteriana ácida para proteger o órgão da contaminação por micróbios da pele ou na relação sexual
.

Calças jeans ou roupas muito apertadas de tecidos como lycra impedem a ventilação dessa área, levando à fermentação do muco natural, situação que favorece a instalação de fungos e bactérias. Daí surgem os corrimentos. ''Estamos em um clima quente e não podemos utilizar o mesmo vestuário de climas mais frios. A mulher pode seguir a moda, fazendo adaptações'', defende ela.

Além da umidade e da secreção natural, a vagina pode apresentar esperma depositado. Segundo a médica, cerca de dois terços do sêmen ejaculado pode ficar coagulado na mulher por até mais de 24 horas depois da relação sexual. Um mecanismo da natureza para facilitar a
gravidez
.

O ginecologista Sérgio dos Passos Ramos acrescenta que a região genital é semelhante a das axilas. Com um agravante: ''Além do líquido do suor, também tem urina, que, por melhor que seja a higiene, sempre fica um pouco. Há uma secreção normal e também restos de fezes do ânus. Quando se usa roupas inadequadas, faz uma mistura de culturas, que faz mal para a saúde''.

Por mais atraente que possa parecer uma lingerie de lycra, a melhor opção para a saúde e bem-estar feminino são as calcinhas de algodão. Elas devem ser lavadas sempre com sabão de coco ou neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contraindicado. ''Esses produtos ficam na fibra do tecido e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas'', alerta o ginecologista Frederico Perboyre.

O presidente da Sociedade Cearense de Ginecologia e Obstetrícia, Fernando Aguiar, alerta que corrimentos aparentemente simples podem se agravar, levando a inflamações no útero, trompas e ovários. Em alguns casos pode comprometer a fertilidade e até levar a intervenções cirúrgicas. ''A principal orientação é, ao sentir corrimento diferente do normal, procurar imediatamente um médico e jamais fazer a automedicação'', orienta. (Débora Dias)


Entrevista retirada do Jornal O Povo

OQUE CAUSA O PRURIDO VULVAR?

OQUE CAUSA O PRURIDO VULVAR?

Prurido Vulvar

Existem diversas outras causas de corrimento e de prurido vulvar sem corrimento:
a) Um dos mais comuns é o corrimento por excesso dos Bacilos de Doderlein, o qual dá os mesmos sintomas da cândida, mas o tratamento é diferente. Bacilos de Doderlein são bacilos normais da vagina, que se alimentam de glicogênio, produzidos pelas células vaginais estimuladas pelos hormônios femininos. Esses bacilos são importantes, pois produzem ácido lático, o que mantém a pH da vagina ácido para evitar a proliferação de outras bactérias causadoras de doenças.
b) Vaginite atrófica (por carência dos hormônios femininos da
menopausa).
c) Vaginite atrófica (por alteração dos  hormônios na
gravidez, do parto e da amamentação).
d) Vaginite irritativa, provocada por atrito da
camisinha, diafragma, espermaticida, químicos do gel lubrificante, uso constante de absorvente externo e interno.
e) Vulvovaginite alérgica provocada por calcinhas de lycra, nylon e outros tecidos sintéticos, roupas apertadas, jeans, meias calça, produtos químicos contidos no corante das roupas etc.

Cervicites – inflamações do colo do útero

Vulvites – inflamações da parte externa dos genitais (chamada vulva) causados por:

- papel higiênico colorido ou perfumado;
- sabonetes perfumados ou cremosos;
- shampoos e condicionadores de cabelo;
- sabão em pó e amaciantes de roupas;
- detergentes;
- desodorantes íntimos;
- uso do chuveirinho como ducha vaginal.

Prurido vulvar é a coceira intensa na vulva.
Lembre-se de que corrimento não é a lubrificação normal da vagina durante o ato sexual. Isto é absolutamente normal.

OBS:

É muito importante que a própria mulher tente descobrir qual a causa de seu corrimento, experimentando tirar os fatores irritantes um a um.
A automedicação, sem orientação médica, é uma das principais causas de corrimentos crônicos

O TRATAMENTO DOS CORRIMENTOS VAGINAIS

Conforme foi visto, o tratamento correto depende da causa do corrimento. Muitas vezes o simples tratamento dos corrimentos crônicos não será suficiente, e para evitar a recidiva/recorrência (retorno do corrimento), haverá  necessidade da colaboração da mulher que será quem vai "descobrir" a causa dos mesmos fazendo uma investigação em seus hábitos.
Da mesma maneira, o tratamento nem sempre será apenas com remédios, mas também vai requerer mudança de hábitos, de roupas e ajuda do parceiro. Em alguns casos, os medicamentos podem até piorar os sintomas, mas se a indicação estiver correta, o resultado final será satisfatório.
Entretanto, em alguns corrimentos é imprescindível o tratamento do parceiro para evitar a possibilidade de reinfecção.
A vagina é um “mundo à parte”, em que existem bactérias boas chamadas Bacilos de Doderlein, que se alimentam de glicogênio, que é um açúcar produzido pela célula vaginal estimulada pelos hormônios.
Essas bactérias produzem ácido lático, que é o responsável pelo pH ácido da vagina e pela sua defesa contra as outras bactérias.
Medidas simples evitam corrimentos

OBS:

Seu médico ginecologista é seu aliado para manter a saúde dos seus órgãos genitais. Evite a automedicação, pois, além dos medicamentos serem caros, têm efeitos colaterais. A automedicação é uma das principais causas dos corrimentos crônicos.

CUIDADOS COM A SAÚDE ÍNTIMA.

CUIDADOS COM A SAÚDE ÍNTIMA.

- Use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contêm cremes hidratantes. Esses são ótimos para a pele, mas péssimos para a vagina. Pode-se ter dois sabonetes, um para as mucosas, outro para o resto do corpo.
- Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos e perfumes.

- Evite excessos, como lavagens exageradas na região genital, que podem retirar a proteção natural da vagina.

- Use roupas leves, que não comprimam a região genital.

- Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.

- Dê preferência a calcinhas de algodão em relação às de tecidos sintéticos, como a lycra.

- Lave as calcinhas com sabão de coco ou sabonete neutro. Não use amaciante nem água sanitária nas peças. Do contrário, é preciso se certificar de que não restaram resíduos dos produtos no tecido.

- Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. Não deixe as calcinhas secarem em banheiros e outros locais abafados.

- Não passe muito tempo com biquínis molhados.

- A depilação deve ser feita de forma cautelosa. É preciso observar as condições de higiene do local que oferece o serviço e se certificar de que a cera é descartável. Antes e após o procedimento, deve ser feita a limpeza da área para evitar a contaminação por germes.

- Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo, e com um mínimo de três vezes. A cada troca, fazer a higiene local.

- O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impermeabilizam e impedem a transpiração da região genital, favorecendo a instalação de fungos e bactérias.

- Absorventes internos podem ser usados, desde que trocados com regularidade.

- Evite papel higiênico colorido ou perfumado. Eles podem agredir a mucosa.

- Jamais use duchas vaginais sem prescrição médica.

- Não use o chuveirinho do vaso sanitário para lavar a vagina internamente. A água remove as bactérias e torna a área mais suscetível a infecções.

- A mulher possui lubrificação natural. Procedimentos que deixam a área genital ressecada podem levar a pequenas rachaduras que são fonte de infecção.

- O lubrificante íntimo pode ser boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.

- Procure sempre um médico aos primeiros sintomas atípicos e nunca faça a automedicação.

- Procure um médico regularmente, de seis em seis meses a um ano, para realizar os exames ginecológicos. Atenção: a prevenção é o conjunto de todos os procedimentos durante a consulta, incluindo a conversa com o ginecologista. Não apenas o exame citológico ou das mamas.
- Para quem se sente à vontade, dormir sem
 calcinha é uma boa oportunidade para a pele
da região genital respirar.

TPM

OQUE É TPM?

 Sensação de que o mundo vai acabar antes da menstruação... É isso que a maioria das mulheres que tem TPM sente.
Também chamada de Síndrome disfórica pré-menstrual, ou carinhosamente TPM, atinge aproximadamente 75% das mulheres. No entanto, apenas 8% das mulheres têm sintomas muito intensos.

CAUSAS DA TPM.

Muitas hipóteses têm sido feitas a respeito das causas dessa doença, mas, atualmente, o que parece prevalecer é que sejam influências hormonais normais do ciclo menstrual que interfiram no sistema nervoso central.
Parece haver íntima relação entre os hormônios sexuais femininos, as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer) e os neurotransmissores, tais como a serotonina.

É importante ressaltar que essa síndrome acompanha a menstruação normal da mulher.


CARACTERÍSTICAS E SINTOMAS DA TPM.

Durante o período que antecede a menstruação, a mulher pode sentir alguns desconfortos que caracterizam a tensão pré-menstrual (a famosa TPM), tais como:
•    depressão;
•    vontade de chorar;
•    fome em excesso ou falta de apetite;
•    falta de sono;
•    inchaços;
•    agressividade;
•    ansiedade;
•    dor de cabeça;
•    acne.







COMO ALIVIAR A TPM.

•    realize atividades que proporcionem bem-estar, como passear no parque;
•    faça uma atividade física. Pode ser uma caminhada ao ar livre, andar de bicicleta, nadar ou jogar tênis. Isso ajuda a reduzir a tensão e a melhorar a autoestima;
•    evite agendar compromissos importantes para os dias que antecedem a sua menstruação;
•    procure se arrumar, mesmo que você não vá sair de casa, isso também ajuda a elevar a sua autoestima;
•    afaste os pensamentos negativos, seja otimista e mentalize coisas boas;
•    procure fazer uma alimentação balanceada com verduras, frutas e legumes;
•    diminua o sal, ele ajuda a desencadear os inchaços, pois contribui na retenção de líquidos.


TRATAMENTO DA TPM.

Por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos, já que os sintomas variam muito de intensidade para cada mulher. Entretanto, há medidas que aliviam os sintomas.
Resultados não cientificamente comprovados mostram que a vitamina B6 (piridoxina), a vitamina E, o cálcio e o magnésio podem ser usados com melhora dos sintomas.

Outro medicamento é o ácido gama linoleico, que é um ácido graxo essencial. Pode ser encontrado no óleo de prímula. Existem advertências sérias do FDA americano (Órgão Regulatório dos Estados Unidos) a respeito de medicações alternativas naturais e de possíveis efeitos colaterais graves, portanto, esse, como qualquer outro medicamento, mesmo "natural", só deve ser usado mediante prescrição médica.

Na verdade, esse é o melhor caminho para o tratamento da TPM: consultar um médico ginecologista e descrever para ele todos os sintomas que a mulher sente antes e depois da menstruação.

O melhor medicamento é o que, sozinho ou associado, reduza os sintomas. Como essa síndrome está ligada à ovulação, muitas mulheres podem se beneficiar do uso da pílula anticoncepcional que suspende a ovulação. Nos Estados Unidos, a FDA aprovou a pílula com drospirenona e etinilestradiol, para mulheres que têm sintomas de TPM e desejam anticoncepção hormonal.

Já nos casos graves de síndrome disfórica pré-menstrual, é necessária medicação mais específica, sendo que a medicação usada com melhores resultados são os antidepressivos. Estudos recentes mostram que essa medicação usada na menor dose possível e durante a fase de tensão pré-menstrual tem melhorado muito a qualidade de vida das mulheres que experimentam essa disfunção. Também nesses casos a pílula anticoncepcional com drospirenona e etinilestradiol pode ser usada.